quinta-feira, 21 de março de 2013

O telefone

O telefone, jogado bem ao fundo de seu bolso frontal esquerdo vibra.
A vibração sobe por todo o seu tórax até chegar a seu coração.
Seu peito se contrai em angustia e ansiedade.
O coração.
Ah o coração... Esse que começa a palpitar desenfreadamente.
Oh meu Deus! Ela respondeu!
Você para e respira fundo.
O seu mundo para de girar como se o amanhã, após aquela mensagem, deixasse de existir.
Ele não quer saber de nada.
Passa a se preparar friamente para ler o que está escrito naquela tela minúscula.
Nessa hora ele começa a questionar seu consciente, seu interior.
Será que ela disse aquilo que ele queria que ela dissesse?
Pouco importa resposta da pergunta da linha anterior a essa.
Ele não quer saber.
Pega o telefone cheio de esperança.
Crente que ali estaria escrito um convite para viver todos os seus sonhos.
Os mais importantes e especiais sonhos.
Doce ilusão, caro amigo.
Não vieram dela os dizeres ali escritos.
Depois de tudo isso, o conteúdo daquela pequena mensagem não importa em nada.
O telefone voltará a sua caverna,
Restrito de acesso ao mundo,
Bem no fundo do seu bolso.